Personal Branding: como construir uma marca pessoal?

Que imagem dirias que as pessoas têm de ti? Como te vêem os teus clientes? E a tua competição? E os teus colaboradores?

Lembras-te de quando só as celebridades e as grandes empresas tinham marcas pessoais? Os atores, músicos, grandes empresários e atletas dominavam todos os media, tendo a totalidade da atenção. 

Atualmente, qualquer pessoa com conhecimentos e disposta a trabalhar a sério se consegue tornar líder de opinião no seu nicho, se quiser. 

Claro que isso não acontece do dia para a noite, mas basta fazer uma pesquisa rápida no Google para ver como pessoas comuns de todo o mundo recorrem a ferramentas de personal branding, sobretudo redes sociais, para construírem uma marca pessoal que atraia as pessoas para o seu website e redes sociais.

O que não falta, atualmente, por aí são pessoas com talento, elevados níveis de educação e vontade de trabalhar, o que faz com que seja cada vez mais difícil que te destaques. 

O Personal Branding é o que te separa do resto das pessoas que estão a tentar ser alguém na tua área. Construir uma marca pessoal permite-te destacar-te enquanto alguém que as pessoas conhecem, de quem gostam e em que confiam.

Neste artigo, vamos ver:

1. O que é o Personal Branding?
2. Passos para construir a minha marca pessoal
3. Como medir resultados?

O que é Personal Branding?

Personal Branding ou Branding Pessoal é a construção da tua reputação com base no que te torna único. É a forma como a tua marca comunica e como se apresenta visualmente. Permite que te posiciones perante o teu público de forma a que as pessoas compreendam quem és, qual a tua missão e o que fazes.

Tudo aquilo que publicas reflete, pelo menos em parte, caraterísticas pessoais tuas, pelo que, post a post, passas uma determinada imagem de ti e, por associação, da tua marca. 

Queres construir uma imagem que se destaque, e a que se associe talento, mas que, ao mesmo tempo, transmita os teus valores, quem és realmente, aquilo que torna único. 

O objetivo é gerar um sentimento de identificação do público-alvo contigo, sem cair na auto-promoção. 

É, assim, essencial que apostes no personal branding. De facto, só selecionando que tipo de mensagem é que faz realmente sentido partilhar com a tua audiência é que consegues controlar que temas é que as pessoas associam a ti e à tua marca e consagra-te como uma referência na tua área.

Como construir a minha marca pessoal? 

Não te tornarás uma referência na tua área de um dia para o outro. Terás de trabalhar muito para chegar ao topo, mas é uma das atividades com maior ROI a que te podes dedicar.

Terás de parecer uma autoridade, de produzir muito conteúdo regularmente e de conhecer novas pessoas a toda a hora. Tal requer um grande investimento de tempo, dinheiro e, acima de tudo, trabalho, para, de forma lenta, lá chegares.

Pronto para o desafio? Põe, então, em prática, os seguintes passos:

1. Encontra o teu nicho

Ter um nicho permitir-te-á encontrar aquilo que te torna único. Serás capaz de perceber o que é que a tua audiência procura e de ajudá-los a encontrá-lo.

A seleção do teu nicho é vital. Não queres, com certeza, dedicar o teu tempo e energia a associar-te a um nicho que não está em crescimento. 

Por mais que invistas em criar bom conteúdo e construir a tua marca pessoal, tal será completamente redundante se não existir um mercado ou nicho para aquilo que estás a fazer.

Como escolher um nicho?

A minha recomendação é que escolhas alguma coisa em que és melhor que 90% das pessoas. Há, provavelmente, uma série de coisas em que és bom, mas isso não significa que sejas um expert em todas. 

A única forma de construíres uma marca pessoal é tornares-te uma autoridade reconhecida num determinado tópico. Não tenhas medo de apostar num tópico pequeno ou muito específico. Se existir um nicho para o mesmo, avança!

O marketing digital, por exemplo, é um campo bastante grande, pelo que me levou muito tempo a tornar-me reconhecido nesta área. Contudo, os mercados em Portugal tendem a não ser tão grandes, o que é, em certa medida, uma vantagem.

2. Projeta a tua personalidade na tua marca pessoal

É o teu ponto de vista, o teu tom, que fará com que te diferencies de todos os outros que falam do mesmo que tu.

O que tu dizes é importante, mas a forma como o dizes é tão ou mais importante.

Eu, por exemplo, gosto de adotar um tom mais informal, não só por ser o que me é mais natural, mas também porque me permite chegar às pessoas que, não estando necessariamente tão por dentro do lado técnico e da gíria, têm algum interesse no Marketing Digital.

Não tenhas medo de ter uma voz, de expressar opiniões. 

É verdade que poderás afastar algumas pessoas, mas atrairás, com certeza, outras, que se identificarão contigo e te acompanharão mais de perto. Às vezes, ser demasiado neutro para tentar agradar a todos tem precisamente o efeito contrário, já que as pessoas reagem muito mais à autenticidade.

Apostar no storytelling é uma boa ideia, já que permite mostrar um lado mais pessoal à tua audiência.

Não procures criar uma persona demasiado fabricada. Lembra-te de que as pessoas procuram e criam conexões quando sentem que há genuinidade.

3. Cria a tua identidade de marca

Se olhares para os websites e redes sociais das pessoas reconhecidas como autoridades nas várias áreas, verás que a apresentação, o design, é impecável.
Todos têm sites personalizados, com imagens bonitas e logos facilmente identificáveis, não é verdade?

Não é por acaso: de acordo com este estudo, 94% das vezes a primeira impressão de uma pessoa resulta do design e leva apenas 50 milissegundos a formar-se.

Grande parte do branding pessoal está no parecer.

E há outros benefícios. Ter um design consistente leva a que sejas facilmente reconhecido independentemente de onde publicas ou interages online.

De facto, um bom design não só não cansa os olhos e capta a atenção, como também é rápida e facilmente identificável como pertencendo à tua marca.

O primeiro passo é criar o logo da tua marca. E é um passo extremamente importante, pelo que convém que invistas num designer profissional para encontrar o look que procuras.

4. Cria o teu próprio website 

Para além do logo, é essencial que tenhas um website próprio.

Há, como sabes, uma imensidão de sites, pelo que, para te destacares, precisas de estar constantemente a publicar bom conteúdo sob o teu próprio nome. Só assim conseguirás criar uma ligação, na mente das pessoas, entre ti e o tópico de que falas.

A melhor forma de fazer isto é criar o teu próprio website, e trabalhar, depois, para otimizá-lo.

5. Traça uma estratégia de conteúdos 

O marketing de conteúdo custa 62% menos que o marketing tradicional e gera 3 vezes mais leads.

O truque é perceber que tipo de conteúdo funciona melhor para ti e para a tua audiência.

Em relação às redes sociais, não deves, como há, às vezes, tendência a fazer, estar necessariamente em todas. Se tiveres um perfil em cada uma, mas não publicares no mesmo com a frequência desejada, mais vale não estares de todo.

Deves antes perceber onde é que o teu público-alvo está e que plataforma se adequa melhor ao teu conteúdo, marcando presença nessas redes sociais em específico.

As redes sociais são uma ótima forma de interagir com a audiência, criando uma relação de proximidade com a mesma, ao mostrar um lado mais pessoal.

6. Sê convidado noutros sites

No início, ninguém saberá quem és. Portanto, nessa fase, faz também sentido que dividas o teu tempo entre o teu website e participações nos sites de outras pessoas – com os chamados guest posts.

Criar e promover conteúdo noutros websites e blogs ajudar-te-á a conectares-te com audiências já formadas e a construir a tua presença digital. Isso levará a que mais pessoas acabem por chegar ao teu website próprio quando procurarem por ti.

7. Procura mentores

Valoriza-se muito o conceito de “self-made”. Contudo, as pessoas bem sucedidas tiveram sempre, nalgum ponto das suas vidas, ajuda de alguém.

Ser reconhecido na tua área será, inicialmente, muito complicado. Se outras pessoas já reconhecidas na tua área te identificarem como uma autoridade, ajudar-te-ão a alcançar a posição que desejas. 

Para além disso, um mentor pode ajudar-te a evitar alguns erros comuns.

Desde que estejas disposto a trabalhar para isso, acredita que ser uma autoridade na tua área está ao teu alcance.

Como medir resultados?

Uma vez implementada a tua estratégia de branding pessoal, ou até para aferir a tua reputação antes de te lançares nesta jornada, podes recorrer a uma série de ferramentas que te dão uma ideia da imagem que estás a passar às pessoas:

Google Alerts

O Google Alerts é uma ferramenta gratuita que permite receber notificações por e-mail sempre que o teu nome for citado online.

Scup

O Scup permite-te monitorar o que dizem da tua marca nas redes sociais. Podes assinalar cada comentário como negativo, neutro ou positivo para te ajudar a analisar as impressões da tua audiência.

Buzzsumo

No Buzzsumo, encontras as referências à tua marca nas redes sociais, assuntos populares no momento e influenciadores relevantes com os quais faz sentido que colabores.

Google Analytics

O Google Analytics é uma das ferramentas de marketing mais completas, sendo extremamente útil para procurar palavras-chave, acompanhar métricas de tráfego no site, monitorizar a atuação online e avaliar a performance de anúncios pagos.

Queres dominar o Google Analytics? Estás com sorte – temos uma série de cursos em promoção!

Concluindo, acredito piamente que seguir estes passos permitir-te-á criar uma imagem de marca capaz de:

• Reforçar as tuas qualidades perante o teu público-alvo;
• Ampliar o alcance da tua mensagem;
• Entregar valor ao público-alvo;
• Atrair possíveis clientes, empregadores e parceiros;
• Construir uma boa reputação;
• Posicionar-te como autoridade na tua área;
• Aumentar o número de indicações, promoções, convites para entrevistas de emprego e palestras.

Como escreve Jeff Bezos, “a tua marca é aquilo que as pessoas dizem de ti quando não estás presente”. Garante que dizem coisas boas!

Espero ouvir falar de ti num futuro próximo.